Sugestões de leitura
A antropóloga Heloisa Pires Lima indica 18 opções para integrar o acervo da escola:
Menino parafuso
Ângelo Abu, 36 págs., Autêntica,
tel. 0800 28 31 322
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O menino Nito
Sonia Rosa, 16 págs., Pallas,
tel. (21) 2270-0186
A menina que tinha um céu na boca
Júlio Emílio Braz, 16 págs., DCL,
tel. (11) 3932-5222
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O super-herói e a fralda
Heloisa Prieto, 36 págs., Ed. Ática,
tel 0800 11 5152 |
Minhas contas
Luiz Antônio, 48 págs., Cosac Naif,
tel. (11) 3218-1472
Obax
André Neves, 36 págs., Brinque-book,
tel. (11) 3032-6436
Omo-Oba: histórias de princesas
Kiusam Oliveira, 48 págs., Mazza Edições,
tel. (31) 3481-0591
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O Pássaro-da-Chuva
Kersti Chaplet, 24 págs., Ed. Ática,
tel 0800 11 5152 |
Princesa Arabela: mimada que só ela
Milo Freeman, 32 págs, Ática,
tel 0800 11 5152
A cor da ternura
Geni Guimarães, 94 págs., FTD, tel. (11) 3598-6200
Histórias da Preta
Heloisa Pires Lima, 71 págs., Cia das Letrinhas
tel. (11) 3707-3500
Uma idéia luminosa
Rogério Andrade Barbosa, 23 págs., Pallas,
tel. (21) 2270-0186
Ifá, o advinho
Reginaldo Prandi, 64 págs., Cia das Letrinhas,
tel. (11) 3707-3500
O comedor de nuvens
Heloisa Pires Lima, 24 págs., Paulinas,
tel. 0800 70 100 81
O chamado de Sosu
Meshack Asare, 48 págs., Edições SM,
tel. (11) 2111-7400
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Bruna e a galinha d´Angola, | | | Gercilga de Almeida, 24 págs., Pallas, tel. (21) 2270-0186 |
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Betina
Nilma Lino Gomes
24 págs., Mazza Edições
tel. (31) 3481-0591 |
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Adamastor, o pangaré
Marianna Massarani
24 págs., Melhoramentos
tel. (11) 3874 0800 |
A leitura habitual de histórias com personagens negros desempenhando os mais diferentes papéis é fundamental para formar pessoas que valorizam a diversidade
Criar condições para o desenvolvimento de atitudes de respeito à diversidade é uma das responsabilidades das escolas durante toda a Educação Básica. Para que as crianças aprendam a valorizar o diferente, é preciso, desde cedo, trabalhar a questão rotineiramente e não apenas em datas comemorativas.
Uma das possibilidades de ter o respeito às diferentes etnias presente no cotidiano das crianças é incluir na atividade permanente de leitura histórias vividas por representantes dos váriados grupos étnicos desempenhando os mais diversos papéis.
Para a antropóloga e escritora Heloisa Pires Lima, ao longo do século 20, as representações dos negros nos livros infanto-juvenis brasileiros foram muito limitadas, refletindo - e, às vezes, denunciando - as condições dessas pessoas na sociedade. "Na literatura, os papéis reservados aos negros eram de personagens escravizados, folclóricos ou submetidos a situações de exploração e miséria, como as empregadas domésticas e os meninos de rua".
Se, por um lado, essas figuras retratam parte da triste realidade social do país, por outro, a ausência de negros no papel de heróis, princesas, fadas, vilões e outros tantos arquétipos literários dificulta a valorização da diversidade. "Para uma criança negra, é importante ter referências positivas da auto-imagem. E para todas as crianças, isso também é positivo, pois possibilita a construção de uma imagem mais plural da sociedade", avalia Heloisa.
Vale um alerta. Não basta ler histórias politicamente corretas e terrivelmente chatas. Os livros têm que ter qualidade literária e trazer ilustrações bem feitas, afinal, "eles servem como espelhos para a construção da identidade, principalmente a das crianças", resume a antropóloga.
Encontrar um livro com essas características na década de 1990 era difícil. Porém, a partir de 2003, com a lei 10.639 (que inclui o ensino de história e cultura africanas e afro-brasileiras nas escolas), dezenas de obras interessantes com personagens negros passaram a ser produzidas.
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