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domingo, 6 de fevereiro de 2011

ATIVIDADE ESCOLAR - Diferentes fusos horários no Brasil



ATIVIDADE COMPLEMENTAR DE CIÊNCIAS  -  2011

O Brasil é cortado por três fusos horários diferentes. Vamos conhecê-los melhor?
Acompanhe com atenção. Observe, no mapa, indo de Leste para Oeste:
  • O primeiro fuso, no qual está localizado o Arquipélago de Fernando de Noronha;
  • O segundo fuso, que passa pela maioria dos estados brasileiros e tem como referência a capital federal, Brasília. Esse fuso é tomado como o horário oficial brasileiro;
  • O terceiro fuso, que passa pela maioria dos estados das regiões Norte e Centro-Oeste.

Em ação:
1)     Colora de azul, três estados brasileiros que têm o mesmo fuso de Brasília, capital do Brasil.
2)     Colora de verde, três estados brasileiros que têm o mesmo fuso do Acre.
3)     Se cada um desses fusos possui diferença de 1 hora no horário local, caminhando-se para o Oeste, quando em Fernando de Noronha for meio-dia, que horário serão em Brasília e em Cuiabá?
4)     Se você sair de Fernando de Noronha às 13 horas e fizer um vôo de 4 horas até Cruzeiro do Sul, situada no estado do Acre, qual será o horário local de chegada?
5)     Se você viajar de Brasília para Palmas (capital de Tocantins), precisará ajustar seu relógio? E se viajar de Palmas a Belém (capital do Pará)? Explique.
6)     Escreva no mapa as capitais de cada estado. 

SOLO ENGOLIDOR DE ÁGUA (EXPERIMENTOS)

Experimento mostra que alguns solos absorvem mais água do que outros.


1.O que é o solo? O solo, também chamado terra, tem grande importância na vida de todos os seres vivos do nosso planeta, assim como o ar, a água, o fogo e o vento. É do solo que retiramos parte dos nossos alimentos e que sobre ele, na maioria das vezes,  construímos as nossas casas. 
  
2.Como o solo é formado? 
O solo é formado a partir da rocha (material duro que também conhecemos como pedra), através da participação dos elementos do clima (chuva, gelo, vento e temperatura), que com o tempo, e a ajuda dos organismos vivos (fungos, líquens e outros) vão transformando as rochas, diminuindo o seu tamanho, até transformá-la em um material mais ou menos solto e macio, também chamado de parte mineral

  
3. Como os seres vivos ajudam na formação dos solos?
Logo que a rocha é alterada e é formado o material mais ou menos solto e macio, os seres vivos animais e vegetais, como insetos, minhocas, plantas e muitos outros, assim como o próprio homem, passam a ajudar no desenvolvimento do solo.
Eles atuam misturando a matéria orgânica (restos de vegetais e de animais mortos) com o material solto e macio em que se transformou a rocha. Esta mistura faz com que o material que veio do desgaste das rochas forneça alimentos a todas as plantas que vivem no nosso planeta.
Além disso os seres vivos quando morrem também vão sendo misturados com o material macio e solto, formando o verdadeiro solo.
Deste modo o solo é representado pela seguinte expressão:

  

IMPORTANTE:

É preciso que a matéria orgânica seja misturada com o material solto e macio para que o solo possa existir de verdade.

  

4.Qual a composição do solo? O solo ou terra como também é chamado, é composto de quatro partes, a saber:  ar;
água;
matéria orgânica (restos de pequenos animais e plantas); e
parte mineral que veio da alteração das rochas, ou seja a areia da praia, o  barro que gruda no sapato e o limo que faz as crianças escorregarem.
Estes quatro componentes do solo se encontram misturados uns aos outros. A matéria orgânica está misturada com a parte mineral e com a água. 

  

5. E o ar do solo onde ele está? Dentro do solo existem pequenos buraquinhos, que chamamos de poros do solo, onde fica guardada a água e  o ar que as raízes das plantas e os outros organismos necessitam para beber e respirar. 

  
O SOLO FUNCIONA COMO UMA ESPONJA QUE USAMOS PARA TOMAR BANHO: TEM ÁGUA E AR DENTRO DELE.

  

6. Como o solo é estudado? O solo é estudado nas pesquisas dividindo a parte mineral em três frações principais, de acordo com o seu tamanho, a saber : Areia - a parte mais grosseira;
Silte - uma parte um pouco mais fina, ou seja o limo que faz escorregar; e
Argila - uma parte muito pequena que para ser visualizada necessita de microscópios muito possantes, ou seja a mesma que gruda no sapato.
Clique aqui  e veja uma fotografia tirada com microscópio eletrônico de varredura, de argilas da região de Itaboraí – RJ, que são usadas para a construção de cerâmicas.

  

7. Como o solo é organizado? Assim como o nosso corpo, o solo também tem uma organização. Para podermos entender esta organização, primeiro vamos imaginar um bolo de aniversário que tem várias camadas, uma em cima da outra, como: uma camada de chocolate, uma de morango e uma de baunilha. O solo também tem as suas camadas que são chamadas de horizontes do solo. Em cada uma destas fotos, podemos ver as diferentes camadas do solo, sendo cada uma de uma cor diferente. Estas camadas são os horizontes do solo, assim como as camadas do bolo de aniversário.
Clique aqui  e  você poderá ver uma figura contendo três fotografias de tipos de solos com seus respectivos horizontes.
Estes horizontes podem apresentar cores diferentes, como nas fotos ou não. Quase sempre o primeiro horizonte é mais escuro que os outros. Isso porque é nele onde normalmente plantamos os nossos vegetais. 
Os vegetais (frutas, verduras, legumes e árvores) e os pequenos animais quando morrem vão se misturando com este primeiro horizonte dando a ele uma cor escura.
 

  
IMPORTANTE: A cor escura do primeiro horizonte vem da matéria orgânica do solo,  que como já vimos, é formada por animais e plantas que morrem e caem sobre ele e, que aos poucos vão sendo misturados com a parte mineral.

  

8.  Como os solos se apresentam na natureza? Ao viajar de carro observa-se grandes diferenças no tipo de vegetação e plantações. Estas diferenças são em grande parte decorrente dos diversos tipos de solos que ocorrem na natureza.  Essas diversidades de  solos refletem as variações que ocorre na natureza dos fatores de formação, descrito na expressão de solo anterior.
Assim, estes solos se apresentam na natureza com diferentes cores, como por exemplo: amarelo, vermelho, marrom, preto, cinza, azulado, esverdeado e branca. Lembram da areia da praia? Ela é branca, não é!
Além de possuir cor diferente, um determinado horizonte pode ser mais duro que outro, filtrar a água mais rápido e/ou deixar que as raízes cresçam mais ou menos depressa, etc.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Era uma vez o Sol, a Terra e a Lua... (TEXTO AUXILIAR)

Você conquista os alunos com lendas e histórias. Depois, observa com eles o céu e estuda os fenômenos celestes. Assim, a turma aprende de verdade os complicados conceitos de astronomia

Um disco flutua em um rio chamado Oceano, enquanto o Sol passeia em uma carruagem... Sob um céu de pedras preciosas, um barco navega de cabeça para baixo... Os povos antigos criaram as mais incríveis representações como você pode observar nas ilustrações à esquerda para justificar fenômenos naturais que eles não compreendiam, como o dia e a noite e os eclipses. O céu causava medo e temor, mas também admiração e curiosidade. Lendas como essas podem fisgar as crianças para as aulas de astronomia. "O céu nos fascina hoje assim como fascinou nossos antepassados nas épocas mais remotas", garante Walmir Cardoso, presidente da Sociedade Brasileira para o Ensino da Astronomia. As histórias vão mostrar aos alunos diferentes pontos de vista todos certos! "É um exercício de respeito à diversidade cultural."

Depois dessa introdução, vai ficar mais fácil apresentar alguns conceitos, mostrando aos alunos a relação que existe entre Sol, Terra e Lua e os ciclos que ela provoca no nosso planeta. Eles vão perceber, por exemplo, que o dia e a noite acontecem porque a Terra gira em torno de si mesma; que a semana e o mês são conseqüência do movimento da Lua e o ano, da volta que a Terra dá em torno no Sol. "A relação com o calendário ajuda as crianças a entender a importância do estudo dos astros para regular a vida das pessoas", diz Cardoso. Para quem mora no campo, nada melhor do que relacionar os eventos celestes ao plantio e à colheita. Se você está no litoral, o ciclo das marés será sempre um bom motivo para falar de astronomia.

Observar o céu é o primeiro passo para um aprendizado contínuo

Os alunos do Colégio Magno, de São Paulo, têm contato com a astronomia desde a Educação Infantil. O trabalho começa com a leitura de João e Maria a história dos irmãos que são abandonados pelo pai na floresta mas conseguem voltar para casa. É o gancho para falar de como os povos antigos se orientavam pela posição dos astros. Logo depois, as crianças começam a examinar o céu no observatório da escola utilizado por todas as séries em aulas programadas ao longo do ano. Elas também fazem pesquisa na internet e observações noturnas em viagens de estudo do meio. A professora de 3ª série Mirian Rodrigues Caraça começa o ano lendo com a turma uma aventura cósmica, Salvando Gaia, livro de Margareth Fiorini (Ed. Scortecci, edição esgotada). "O enredo, que envolve a salvação do planeta, é o mote para estudar o sistema solar, a formação do dia e da noite e as estações do ano."

O professor deve passar todos esses conceitos, mas sem a pretensão de fazer os pequenos compreenderem tudo de imediato. "A observação constante do céu, ao longo de toda a escolaridade, e a participação em atividades lúdicas e enigmáticas sobre o universo ajudam as crianças a incorporar esses conhecimentos durante a vida", afirma Rodolfo Langhi, pesquisador da Universidade Estadual Paulista (Unesp).

Para explicar à garotada alguns movimentos celestes, como os eclipses, e esclarecer para os alunos os equívocos mais comuns relacionados aos astros, você pode utilizar uma maquete (veja como construí-la).

 
1. Rotação da Terra

O que é?É o giro que ela dá em torno si mesma, com duração de 23 horas, 56 minutos e 4,09 segundos.

O que provoca? Em função desse movimento foram definidos segundo, minutos e hora. Ele explica também o dia e a noite.

Equívocos

O nascer do Sol É senso comum que o Sol nasce todas as manhãs e se esconde no final do dia. Na verdade, é a Terra que faz sua rotação. À noite, o Sol está iluminando outra face do planeta. Para os alunos perceberem isso, espete um palito ou um alfinete em qualquer lugar da bolinha de isopor que representa o planeta na maquete e faça a Terra girar em torno dela mesma.

Céu estrelado, até de dia
Nós só vemos as estrelas à noite, mas isso não significa que elas não estejam no céu durante o dia. Acontece que a intensidade da luz do Sol apaga o brilho das outras estrelas e dos planetas, que refletem a luz solar.

2. Translação da Terra
O que é? É a volta que o planeta dá em torno do Sol, com duração de 365,25 dias. Por convenção, decidiu-se juntar essas frações de dia que sobram todo ano e a cada quatro, no ano bissexto, acrescentar um dia ao mês de fevereiro.

O que provoca? O movimento define o ano e a visualização de céu com diferentes configurações de estrelas.

Equívocos

Estações do ano É comum ouvir que o verão ocorre porque a Terra está mais próxima do Sol e o inverno, ao contrário, quando está mais distante. Está errado. A órbita da Terra é quase circular não elíptica como aparece em ilustrações. Por isso ela pouco se afasta do Sol. O seu eixo (linha imaginária que une os pólos) é inclinado (veja ilustração). Isso faz com que o hemisfério sul receba mais energia do Sol durante um semestre e o norte no outro. Os raios solares chegam ao planeta com diferentes inclinações durante o ano. O dia em que um hemisfério recebe o maior ou o menor tempo de insolação é chamado de solstício de verão ou de inverno, respectivamente. O dia em que os hemisférios recebem o mesmo tempo de luminosidade é chamado de equinócio (de primavera ou de outono).

Quatro estações? Quem mora próximo à linha do Equador nossas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste estranha muito essa história de quatro estações. Para essas pessoas, existem somente duas: o inverno (nem é porque faz frio, mas por chover muito) e o verão (época de estiagem). Primavera e outono, só de ouvir falar! Próximo à linha do Equador, os raios solares têm as menores inclinações. A duração das noites e dos períodos claros do dia são equivalentes. Portanto, não existe durante o ano grande alteração na posição em relação ao Sol. Por isso, nessas regiões não há tanta variação climática. O que já não acontece nas áreas que ficam acima do trópico de Câncer e abaixo do trópico de Capricórnio, onde as quatro estações são melhor demarcadas.

Meio-dia sem sombra? Outro senso comum é que o verão se caracteriza por, ao meio-dia, o Sol estar tão a pino que nossa sombra some debaixo dos pés. Na verdade, pelo mesmo motivo anterior, isso só acontece nas regiões entre os trópicos, e apenas em dois dias do ano. Apesar de boa parte de nosso território estar localizada nessa região, o conceito errado pode confundir quem habita a região Sul...

3. Revolução da Lua
O que é? É a volta que a Lua dá em torno da Terra, com duração de 29 dias, 12 horas, 44 minutos e 2,9 segundos.

O que provoca? É esse movimento em torno da Terra e em relação aos raios solares que define as fases da lua. A partir delas, os povos antigos marcaram as semanas e o mês. A revolução de nosso satélite é responsável, junto com o Sol, pelo sobe-e-desce das marés. E também pelas lindas noites de Lua cheia.

Equívoco

Onde está a Lua nova? Bem ali, diante de nossos olhos. Mas a parte que seria visível não está iluminada pelo Sol, pois os dois astros encontram-se praticamente no mesmo ângulo de visão em relação à Terra. As outras fases (crescente, cheia e minguante) são resultados da nossa visão da Lua iluminada pelo Sol em diferentes ângulos.

CONSULTORIA: RODOLFO LANGHI, DA UNESP

O universo, na representação dos antigos

Ilustração: Milton Rodrigues Alves
Um ovo com a Terra no meio: assim era o universo para os chineses, antes da era cristã
 Ilustração: Milton Rodrigues Alves
Para os babilônios, a Terra era um barco virado no mar e o céu, pedra preciosa.
 Ilustração: Milton Rodrigues Alves
Os egípcios acreditavam que o universo era uma caixa e o Sol viajava em um barco

Ilustração: Milton Rodrigues Alves
A Terra era um disco dentro de um rio para os gregos e o Sol era puxado por carruagem
 Ilustração: Milton Rodrigues Alves
Para algumas tribos africanas, o universo era uma cabaça, com as metades unidas por uma serpente
 Ilustração: Milton Rodrigues Alves
Na tribo dos jurunas, quem iluminava o dia eram os filhos de Kuandú, o deus Sol, quando saiam de casa

O que são buracos negros? (TEXTO AUXILIAR)

Essas regiões nas galáxias concentram tanta densidade de matéria e têm tanto poder de atração, que nem a luz escapa.

Os buracos negros são regiões espaciais com enorme força gravitacional. Eles nunca foram vistos pelos astrônomos, e os estudiosos só sabem que eles existem graças à atração que exercem sobre os corpos celestes. "Não é possível visualizá-lo porque é uma região onde a densidade de matéria é tão grande que nem a luz consegue escapar do seu campo gravitacional", explica Eduardo Serra Cypriano, professor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (USP). Portanto, se não há luz em volta, não é possível enxergar nada.
Os corpos celestes, quando "caem" em um buraco negro, emitem radiação, essa sim perceptível pelos aparelhos de observação astronômica. No caso de uma estrela, o gás que a compõe espirala até cair no buraco negro, como água indo pelo ralo. Nesse processo, o gás se aquece muito e emite fótons. É essa emissão que detectamos, diz o professor.
Em 1971 foi a primeira vez que os astrônomos perceberam um buraco negro, que ganhou o nome de Cygnus X, pois a emissão detectada era de raios X. Embora essas formações espaciais tenham todo esse poder de atração gravitacional sobre outros corpos, fatores como distância e tamanho interferem para que eles consigam engolir os vizinhos. Se você colocar um buraco negro com a mesma massa do nosso Sol no lugar deste, a Terra continuaria a girar em torno dele exatamente como faz hoje, embora sem receber luz. Para sugar nosso planeta, seria necessário um buraco negro muito mais pesado que o próprio astro solar, exemplifica Francisco Conte, do Clube de Astronomia de São Paulo.
Segundo os estudos realizados atualmente, os astrônomos acreditam que cada galáxia tenha ao menos um buraco negro em seu centro. Como eles se formaram, ainda não é possível afirmar com toda segurança, mas há duas teorias possíveis. Uma, de que eles são oriundos de gases da formação do próprio universo. A outra hipótese é de que eles tenham se formado a partir da desintegração de estrelas.

SISTEMA SOLAR E SEUS COMPONENTES (PLANO DE AULA)

Objetivos
- Entender conceitos básicos de Astronomia, como rotação e translação.
- Identificar todos os planetas do sistema solar e o satélite da Terra (a Lua).

Conteúdos 
- Componentes do sistema solar.
- Movimentos (translação e rotação) de alguns astros do sistema solar.

Ano 
6º.

Tempo estimado
Quatro aulas.

Material necessário
Slides coloridos com desenhos e fotos em PowerPoint gravados em DVD, vídeos gravados em DVD, aparelhos de TV e de DVD, globo terrestre, esfera pequena de isopor e lanterna.

Desenvolvimento 
1ª etapa
Para introduzir o assunto, inicie a aula perguntando aos alunos o que eles conhecem sobre o sistema solar. À medida que eles forem se manifestando, anote no quadro-negro palavras-chave que serão retomadas mais à frente. Conhecimentos trazidos pela turma podem conter erros ou imprecisões. Com frequência, o senso comum predomina no campo da astronomia. Não deixe de anotar também esses saberes para desmistificá-los e revê-los ao longo da atividade.
Flexibilização de recurso 
Sempre que escrever no quadro-negro, faça esquemas bem coloridos e lembre-se de virar de frente para a classe para que o aluno com deficiência auditiva que tiver competência de leitura labial acompanhe melhor o que você está dizendo. Se houver alunos surdos, recorra o tempo todo ao intérprete de Libras. 
Flexibilização de tempo
Quando usar o quadro para expor conteúdos, reserve um período maior para que aqueles com deficiência possam olhar ou fazer anotações, se for o caso.

2ª etapa
Inicie a projeção de slides disponíveis em www.nasa.gov/multimedia/index.html, mostrando os diferentes astros que compõem o nosso sistema solar. Enquanto mostra as imagens, vá fazendo perguntas para a turma sobre cada uma delas e também comentários. Remeta sempre às informações registradas no quadro-negro e faça com que as imagens levem todos a rever e ampliar as informações que tinham até então. Dê um tempo para que eles façam registros.

Sol Ao mostrar a imagem desse astro, lembre que ele fornece a luz que chega à Terra e permite que haja vida. Por ter luz própria, ele é considerado um astro luminoso (todos os demais astros do sistema solar são astros iluminados). Registre esses conceitos no quadro enquanto explica. Em seguida, pergunte que outros astros eles conhecem, além do Sol, que também sejam luminosos. É provável que eles citem a Lua, por ela “brilhar” em diversas noites. Antes de comentar o erro, passe para o slide seguinte.

Lua Exiba o slide e, com o globo terrestre e a esfera pequena de isopor, simule o movimento de órbita da Lua, pedindo que os alunos o reproduzam no caderno. Desenhe o mesmo no quadro e peça que comparem com o que haviam feito. Explique que a Lua é um satélite natural da Terra e não possui luz própria. Mostre as crateras que existem nela. Pergunte se alguém sabe quem foi o primeiro homem a descrevê-las, assim como as montanhas que observava. Se ninguém souber, diga que foi Galileu Galilei (1564-1642) que fez isso com um rudimentar telescópio. Por fim, lance a pergunta: como as crateras lunares foram formadas?

Asteroides Comente que eles são corpos celestes muito pequenos, que orbitam em torno do Sol. Retorne ao slide sobre as crateras da Lua e associe aos asteroides.

Meteoritos Recebem esse nome os asteroides que chegam à superfície da Terra. Devido ao atrito com a atmosfera, esses fragmentos aparecem como riscos no céu, as populares “estrelas cadentes”.

Cometas Esses astros são constituídos principalmente por fragmentos de rochas, gases e água congelada e também aparecem, de tempos em tempos, cortando o céu.
Flexibilização de recursos
Os slides, como todos os recursos visuais, são um material essencial para os surdos, além de ajudarem os demais a compreender o conteúdo. Durante toda a explicação baseada nos slides, recorra à ajuda de um intérprete de Libras.
Flexibilização de tempo 
No fim da aula, dirija-se aos surdos e verifique em Libras ou por meio do intérprete se eles têm dúvida. Faça perguntas específicas. No início da aula seguinte, retome os conteúdos apresentados anteriormente. Isso ajuda os surdos a fixar o que aprenderam. Além disso, organize momentos para a intervenção individual feita por você, pelo intérprete ou por outros alunos.

3ª etapa
Continue apresentando os slides, fazendo perguntas e comentários com base nas respostas deles e no que as imagens revelam.

Planetas – Mostre uma imagem com todos os planetas do sistema solar (em escala de tamanho) e a representação das órbitas em torno do Sol. Introduza o conceito de translação. Nomeie os planetas e comente a proporção das distâncias deles em relação ao Sol. Há simulações em www.youtube.com. Faça perguntas sobre os planetas com ênfase nas características observáveis nas imagens. Como deve ser a atmosfera de Mercúrio? Como saber que as atmosferas de Vênus e da Terra não são iguais? Qual o maior planeta? E o menor? Em seguida, mostre os demais slides, questionando os estudantes e levando-os a observar algumas características.

Mercúrio Planeta mais próximo do Sol e também o menor do sistema solar. Quase não possui atmosfera.

VênusTem uma atmosfera coberta por nuvens, formada por uma vasta planície, entremeada de regiões montanhosas, crateras e picos altos, sem chance de possuir vida como conhecemos.

Terra Tem três quartos da superfície cobertos por água. A atmosfera é rica em oxigênio e nitrogênio e o clima é ameno, em média 15 ºC, o que permite a existência de vida como a conhecemos hoje. Indague sobre o movimento que ela faz em torno do próprio eixo. Explique que ele é chamado de rotação, que dura cerca de 24 horas e permite que haja os dias e as noites. Simule o movimento utilizando o globo terrestre. É possível fazer isso pedindo que um aluno mantenha acesa uma lanterna paralela à mesa em que está o globo terrestre, próxima a este. Execute o movimento anti-horário de rotação da Terra e vá perguntando se é dia ou noite, naquele momento, em determinado continente.

Marte Possui extensas áreas cobertas por gelo (água congelada) nos polos, como na Terra, e “gelo seco” (gás carbônico congelado). Sua atmosfera é basicamente composta de gás carbônico.

Júpiter – O maior planeta do sistema solar, tem massa superior cerca de 2,5 vezes à massa de todos os demais planetas juntos.

Saturno – O segundo maior planeta do sistema solar e um dos mais belos astros, devido aos seus anéis (constituídos por finas poeiras, blocos de rochas e gelo), além dos vários satélites que possui.

Urano – O terceiro maior planeta em volume do sistema solar. Sua cor é azul-pálido na superfície. Seus anéis parecem estar de pé em relação ao plano de sua órbita.

Netuno – É o mais distante e o menor dos planetas gigantes. Tem os ventos mais fortes do sistema solar, podendo alcançar 2.160 quilômetros por hora.

Planetas anões – Pergunte por que recebem esse nome. Explique que eles são parecidos com os planetas em formato e por girarem em torno de uma estrela. No entanto, a órbita deles é influenciada por outros astros, o que os classifica como planetas-anões. Indague se eles sabem o nome de algum. Hoje são conhecidos Éris, Ceres, Makemake e Plutão. Este já foi considerado o nono e mais distante planeta do sistema solar. É um astro bem pequeno, com massa 380 vezes menor que a da Terra e menor que a nossa Lua. Como a órbita de Plutão é muito próxima à de Netuno, ela sofre a influência dele, alterando sua trajetória, motivo pelo qual foi rebaixado para essa categoria de planetas.

4ª etapa
Peça que os alunos façam uma síntese de cada um dos slides baseados nas apresentações e discussões em sala.  Essa síntese deve ser feita por meio de uma frase que apresente a ideia principal do slide. Esse fechamento será importante para a avaliação final.

Avaliação
Apresente algumas das imagens vistas em aula e peça que, com elas, os estudantes montem uma apresentação em PowerPoint, incluindo legendas. Para isso, eles devem utilizar as anotações feitas em aula. Eles podem fazer isso em pequenos grupos, organizando primeiro a sequência de imagens e em seguida elaborando as legendas para cada uma delas.

Caso a escola possua recursos, acrescente às apresentações em PowerPoint arquivos de áudio para a sonorização enquanto as imagens são passadas. Converse com os professores de Arte e com o responsável pelo laboratório de informática, se houver, para auxiliar a turma. 
Flexibilização de recursos 
Para facilitar a compreensão da tarefa pedida, escreva as instruções no quadro ou peça que o intérprete explique em Libras. Ao utilizar as mesmas imagens apresentadas em aula, o aluno com deficiência auditiva pode, com mais facilidade, associá-la ao conteúdo visto. Peça que o professor de Língua Portuguesa apoie o aluno na hora da elaboração do texto. Converse com o intérprete ou com o educador especial (se for o caso). Ambos podem esclarecer que as estruturas gramaticais são diferenciadas para a escrita do surdo e, dessa forma, a avaliação do texto precisa ser diferenciada.
Flexibilização de tempo 
Antes das avaliações, reserve um tempo para uma revisão mais objetiva com os alunos com deficiência.

Consultoria  
José Manoel Martins
Biólogo e professor de Biologia do Colégio Oswald de Andrade e autor de Ciências do Sistema Anglo de Ensino, em São Paulo, SP
Joseane Maria Rachid Martins
Professora do EE Amyntas de Barros, em Pinhais, PR.